Em uma mensagem dirigida à Campanha Anual da Fraternidade promovida pela Igreja no Brasil por ocasião da Quaresma, o Papa Bento XVI assinalou que a defesa da dignidade humana desde a concepção até a morte natural exige às vezes "decisões heróicas" que merecerão o prêmio eterno.

Na mensagem, escrita em português, enviada ao Cardeal Geraldo Majella Agnelo, Arcebispo da Bahia e Presidente da Conferência Nacional de Bispos do Brasil, o Santo Padre afirma que o tema deste ano, "Fraternidade e pessoas com deficiência", assume "um caráter de reflexão e de estímulo para renovar com maior força o mandamento da caridade, especialmente com os deficiêntes".

"Não se trata unicamente de uma atitude de ternura e de consolo, mas sim de que estes irmãos e nossas irmãs em Cristo se integrem totalmente na sociedade", acrescenta o Pontífice.

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Bento XVI afirma além que "mesmo que a pessoa deficiente esteja ferida na mente ou em suas capacidades sensoriais e intelecções, é um sujeito plenamente humano, com os direitos sagrados e inalienáveis próprios de toda criatura humana".

O Pontífice lembra que "o ser humano, independentemente das condições em que se desenvolve sua vida e das capacidades que pode expressar, possui uma dignidade única e um valor singular desde o início de sua existência até o momento da morte natural".

O Papa destaa que "assumir a dignidade querida por Deus, própria desta vida, exige atuações às vezes heróicas e dignas do prêmio eterno, não só por parte dos que padecem estes sofrimentos, mas também dos que ajudam os mais necessitados".